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Montanhas do Paraná e do Brasil

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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Evitando bolhas nos pés

É normal na pratica do montanhismo ou grandes travessias, a criação das fabulosas e magníficas bolhas nos pés, para mim é umas das coisas que mais incomoda quando se está fazendo longas distâncias. Já vi muitos jovens que se aventuram pela trilha do Itupava sem conhecimento andarem mancado e com grandes bolhas, muitos acabam molhando seus pés, não escolhem uma boa meia e o que é pior acabam indo de tênis ou bota muito apertada, dá até dó do individuo. Fazer montanhismo ou trilhas requer um pouco de conhecimento e preparo físico, principalmente o que levar, evitando assim pesos acessivos nas costas que resulta na ajuda de bolhas e feridas nos pés. Apesar que essas bolhas aparecem do nada, mas tem como evitar e melhorar o condicionamento dos pés evitando essas danadas. Até mesmo grandes montanhistas já tiveram essa horrível experiência. Um pé saudável é com certeza 90% responsável na conquista de uma montanha ou travessia.

Os pés são estruturas que se adaptaram durante milhares de anos às funções, dentre outras, de suportar o peso do corpo e de servir de plataforma no complexo mecanismo de caminhar. A pele do corpo é formada por uma superfície espessa, externa, chamada de epiderme. Abaixo dela existe uma superfície viva, celular, rica em vasos capilares, e dezenas de milhares de terminações nervosas. A superfície do pé de cada indivíduo tem peculiaridades próprias e está relacionada à atividade de cada um. Alguns de nós têm um comportamento extremamente sedentário, o que se reflete no pé, que mostra uma superfície lisa e sem calosidade. Outros têm uma atividade intensa, andando sempre de um lado para o outro e possuem as superfícies dos pés extremamente espessas. De uma maneira geral, quanto mais espessa a superfície dos pés, menor é a tendência ao desenvolvimento de bolhas. A bolha é formada a partir de uma irritação contínua da superfície interna da pele, ou derme. A causa mais comum é o atrito dos pés nas botas e o atrito entre os dedos dos pés. Alem do mais, com 8 ou12 quilos nas costas, por mais confortável que seja a mochila e perfeita a técnica de centralização do peso, é um agravante adicional que propicia um maior trauma nos pés. Outras causas comuns são as botas ou tênis incômodos, meias com dobras nas plantas dos pés, peso excessivo da mochila, distribuição do peso da mochila descentralizado (ou seja um lado da mochila mais pesado do que o outro), corpo estranho dentro das botas e andar com os pés úmidos.

Pelo exposto, já podemos deduzir algumas formas de prevenir o aparecimento das bolhas. Como por exemplo: evitar caminhar com os pés molhados, usar polainas para evitar a entrada de água nas botas, entre a bota e a perna - todas as botas são vulneráveis neste local - e o amaciamento das botas ou tênis antes do Caminho. Evite as dobras das meias não usando meias acima do tamanho necessário. Eu prefiro usar as meias um pouco justas, comprando-as um tamanho menor. Mantenha a higiene dos pés, remova rapidamente corpos estranho que entrem nas botas, não utilize cremes que amoleçam as plantas dos pés, evite peso excessivo na mochila e coloque o peso na mochila de forma centralizada e balanceada. As coisas pesadas devem ir no centro e junto ao corpo, evitando que um lado da mochila seja mais pesado do que o outro e prevenindo uma sobrecarga desnecessária em um dos pés. Utilize, se necessário, palmilhas de gel, que amortecem o impacto nos pés. Em caso de dor nos pés durante as caminhadas preparatórias, é interessante visitar um Ortopedista.

O que causa bolhas nos pés?


Por Mariana Sgarioni

A maioria das bolhas nos pés resulta da reação da pele a um determinado tipo de atrito – seja com o sapato, a meia ou até mesmo o chão, caso daqueles que resolvem fazer longos percursos descalços sem estar acostumados. Com o atrito, a epiderme se descola da derme e sobe. O espaço é preenchido por um líquido que escapa dos vasos da derme e, se for incolor, ajuda na cicatrização. Se a bolha já tiver se instalado no seu pé, deixe-a quieta. Procure protegê-la com algum curativo. Segundo Flavia Addor, a pele se regenera naturalmente e a casca deve cair sozinha. E em hipótese alguma fure a bolha: com a derme exposta, aumenta o risco de infecções. Para que isso não ocorra se deve escolher de forma adequada seu calçado e a sua meia. Bom, existem vários tipos de meias. As mais recomendadas são aquelas que facilitam a circulação do calor, evitando que seu pé fique úmido e que melhor se adapte ao seu pé, diminuindo o atrito com a bota.

Importante: Não corte a pele da bolha, pois ela protege a ferida. Sem ela, a dor e a possibilidade de infecção aumentam. As meias de algodão são boas por serem macias, mas tem o inconveniente de manter os pés úmidos, aumentando as chances de mau cheiro e micoses. As meias de frio são normalmente de lã, macias e grossas. São ótimas e ainda se quiser usar essas meias em um ambiente moderado pode-se usar uma meia fina liner junto. Isso facilita, faz com que a umidade do pé passe mais rápido para a meia de lã deixando seu pé seco, pois essas meias são de fibra sintética. Já as meias mistas, que variam entre lã, algodão e fibras sintéticas, são boas para temperaturas amenas. Para quem tem chulé, uma boa escolha são as meias feitas de tecidos do tipo antimicrobial.

Dicas:

· Para quem vai fazer longas caminhadas, adquira meias especiais para trekking. Poderá custar mais caro pois elas têm vários tipos de costuras, isso deixara seu pé mais confortável;

· Lave as meias pelo menos a cada 2 dias. Caso não consiga secar a noite, pendure as meias do lado de fora da mochila;

· Nunca guarde uma meia úmida, aquela que você usou o dia inteiro, pois poderá causar mau cheiro.

· As botas devem ser firmes e bem amarradas, nada de ficar folgadas com os pés se mexendo dentro da bota quando se anda.

· Normalmente se usa com botas de trekking (duas) meias, uma fina mais próxima a pele e outra mais grossa por cima. Como modo de prevenção também é comum corredores usarem talco ou vaselina nos pés. Outras pessoas já sabendo onde costuma ocorrer bolhas protegem a área com esparadrapo.


Tratamento de bolhas nos pés: Apenas tire o sapato e pare o que quer que seja que esta causando a bolha, proteja a bolha com gazes limpas formando um curativo. E espere ela secar e se curar sozinha.

Agora se ela esta causando dor e você precisa continuar andando (está a horas do cume de uma montanha e com a mochila nas costas) bom neste caso a outra opção é drená-la e fazer um curativo. Neste caso lave a área da bolha e em volta com um anti-séptico, em caso de e não ter anti-séptico na mochila, use sabão mesmo ou o álcool usado no fogareiro. (Sempre é bom ter na mochila medicamentos de primeiro socorros). Não remova a pele da bolha, caso alguma já tenha se soltado mantenha o resto no local. É pele morta já, então você não ira sentir dor se tiver que cortar o excesso da pele solta.

Faça um curativo com gaze limpa, vista meias limpas por cima para evitar o ferimento pegar poeira e ser contaminado, caso tenha que continuar andando use chinelos ou sandália e vá devagar. O segredo para se curar rapidamente é manter a área do ferimento limpa mas arejada.

Muitas vezes nas trilhas encontramos com montanhistas com teorias malucas sobre bolhas: enfie o pé na água fria para parar as bolhas (detalhe: com bota e tudo), tire toda a pele e deixe na carne viva (supostamente a outra pele crescera mais rápido se o ferimento tiver sujo) e outras coisas que nem sei de onde tiram isso.

  • Se não está doendo, não mexa. Deixe assim.
  • Se está interferindo na sua caminhada, é melhor fazer algo. Esterilize uma lâmina de barbear ou agulha (ferva por 10 minutos), lave a área da bolha usando antisséptico e faça um pequeno corte na bolha. A pele da bolha já está morta. Você não vai sentir dor.
  • Pressione o líquido para fora.
  • Lave novamente a região com o antisséptico.
  • Deixe secar e cubra com gaze ou Band-Aid.
  • É sempre bom deixar a bolha descansando de um dia para o outro, geralmente a parte interna da bolha está viva e pode gerar um desconforto (uma leve queimação na parte afetada).


1 – Escolher o calçado adequado e amaciá-lo
Os tênis ou botas de trekking devem ser 1 número maiores que o seu pé. Isso porque, durante a caminhada, os pés incham e é preciso que eles tenham espaço suficiente mesmo neste estado. Depois de comprado, é preciso amaciar a estrutura, antes de sair para o passeio longo. Usá-lo em casa e em caminhadas curtas faz com que ele se amolde ao formato do seu pé e você perceba se há algo incomodando.


2 – Vestir as meias certas
As meias devem ser confortáveis e do tamanho certo (ou um número menor) para que não faça dobras, que causem atrito com a pele. Além disso, prefira as opções que absorvam o suor. Pés molhados escorregam dentro do tênis e a fricção resultante disso causa bolhas.


3 – Examinar o pé ao menor sinal de incômodo
Uma costura fora do lugar, um cadarço mal colocado ou mesmo uma pedrinha aparentemente inofensiva podem fazer um estrago enorme conforme a quilometragem aumenta. Por isso, antes de virar dor, analise o incomodo. Parar, retirar o calçado para ver e depois recolocá-lo podem levar tempo, mas evitam transtornos maiores.


4 – Como lidar com bolhas recorrentes
Se você sempre termina o trekking com bolhas no mesmo lugar, o jeito é encapar a região que é afetada com micropore. A camada funciona como uma segunda pele. Para proteger calos entre os dedos (que podem causar bolhas na pele do dedo vizinho), o mais indicado é o curativo compeed. Outra sugestão que quebra o galho é usar talco desodorante para os pés (eles ajudam a absorver o suor e evitar o atrito causado pela pele escorregadia) e vaselina sólida nos arredores do tendão de Aquiles (que é uma região muito suscetível ao atrito e a bolhas).


Algumas recomendações de meias.

Selene Trekking Drysel®
A meia Selene Trekking Drysel® é algodão foi tecnicamente desenvolvida com uma exclusiva fibra de quatro canais . Quando o corpo transpira, esta fibra especial entra em ação, transportando a umidade para a superfície externa do tecido, onde evapora rapidamente, deixando seus pés secos. Esse processo permite a regulagem da temperatura dos pés e também é muito eficiente na diminuição da formação de bolhas. Dupla proteção nas regiões de impacto, protege e evita a formação de bolhas. Ajuste perfeito, totalmente em Lycra® (Elastano). Proteção anti-odor e antimicrobial, impede a formação de bactérias.
O modelo Trekking Drysel® é mais encorpado (meia grossa) e é mais indicado para utilização com tênis de aventura e botas. O conforto pode ser percebido tanto em clima frio quanto no calor. É um produto único, usado e aprovado pelos melhores esportistas do mundo. A vida útil de uma meia CoolMax chega a ser 6 vezes maior que uma meia tradicional. Além de investimento em um produto de qualidade, você ainda economiza.


Meia Adventure - Curtlo
Meias de cano baixo para atividades de alto impacto. Desenvolvidas para o pé direito e esquerdo, separadamente, visando melhor ergonomia e conforto. Estruturadas com malha dupla com canais de aeração nos pontos de maior atrito. Feitas com fibras de algodão Coolmax® e Amni®, que garantem extremo conforto e mantêm os pés sempre secos.



Meiaeuro-FoxRiver A Meia Euro Fox River transporta a umidade para longe da pele possui um anel elástico que "abraça" o pé, deixando-a firme no lugar. Tem uma estrutura reforçada para uso prolongado, costura plana e macia, imperceptível.





Meia Trekking- Curtlo
Meias de cano médio canelado com suave compressão. Totalmente atoalhadas em malha dupla, que proporciona conforto e proteção e evita bolhas em longas caminhadas. Seus canais de aeração permitem melhor troca de calor e as fibras Amni® e Coolmax® mantêm os pés secos e confortáveis.




Meia Trekking - Kailash
As meias Kailash são confeccionadas com fios inteligentes que gerenciam a umidade, transportando-a para a parte externa da peça e proporcionando rápida secagem. Este processo, aliado a uma compressão adequada, é fundamental para o melhor desempenho em práticas esportivas, além de oferecer conforto e sensação de bem estar aos pés. Macias e duráveis, as meias Kailash não perdem suas propriedades após as lavagens.



TECNOLOGIA COOLMAX® é o fio de alta performance que auxilia no gerenciamento de umidade, facilitando a troca de ar entre a parte externa e interna do tecido. Na prática esportiva essa característica é fundamental porque mantém o microclima - espaço entre a pele e o tecido - estável, mantendo a temperatura, o que significa manutenção da temperatura corporal e o corpo mais seco. Isso se traduz em conforto e na possibilidade do atleta atingir um melhor desempenho. A tecnologia do fio COOLMAX® é uma propriedade permanente, que não se extingue na lavagem ou uso das peças.

COOLMAX® é uma marca registrada da INVISTA.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Como cuidar da sua mochila

As mochilas geralmente agüentam as adversidades encontradas em atividades ao ar livre. Porém, são necessários alguns cuidados e manutenção, para que sua companheira de aventuras dure por muito tempo. Veja abaixo algumas dicas:

1. Acondicione com cuidado os itens com pontas, como fogareiros e material de cozinha. Caso contrário, mesmo que não sejam afiadas, estas extremidades podem provocar furos em sua mochila.

2. Remova restos de comida e migalhas de sua mochila, pois o odor destes petiscos pode atrair animais e proliferar microorganismos, que acabam por estragar o tecido da mochila. Acondicione a comida em sacos plásticos antes de colocar na mochila, pois o cheiro pode atrair animais, mesmo não tendo mais comida na mochila.

3. Após cada caminhada, limpe bem sua mochila, esvaziando e sacudindo todos os compartimentos. Caso ela esteja realmente suja e precise de um banho, lave-a com cuidado, lembrando sempre de não esfregar o lado de dentro. Isso pode danificar o revestimento de PU, fazendo com que qualquer chuvinha molhe o interior da mochila. Por fora, esfregue com esponja ou escova macia, usando sabão neutro. Deixe secar à sombra, pois os raios UV do sol podem danificar o tecido.

4. Use sempre a capa de chuva da mochila, mesmo quando não estiver chovendo. Ela irá proteger a mochila contra sujeiras e arranhões. Afinal, é mais barato comprar uma capa nova do que uma mochila nova!

5. Guarde sua mochila em local seco, fresco e arejado, para evitar a proliferação de fungos, que podem danificar o revestimento interno de PU.

6. Quando você for levantar uma mochila cheia, pegue pelas duas alças simultaneamente, para não causar sobrecarga. O loop entre as alças também pode ser usado.

7. Não aperte demais as tiras de compressão. Isso vai causar esforço desnecessário nas costuras.

8. Cuide dos zíperes. Limpe-os, lubrifique-os com silicone em spray e não dê puxões fortes. Apare sempre os fios soltos do tecido, para que eles não se prendam no zíper.

9. Mantenha as fivelas presas para que, se forem pisadas, não sejam danificadas.

Como carregar sua mochila

Para maior conforto ao carregar sua mochila, o peso deve estar colocado no local certo, e os ajustes feitos da forma apropriada. O saco de dormir deve ficar no compartimento inferior da mochila, e os itens pesados, junto às costas do usuário. Objetos pequenos devem ser colcados na tampa da mochila, para que o acesso seja facilitado. Para carregar mais fácil, tente colocar o centro de gravidade da mochila entre seus ombros.

Leve somente o necessário. Assim, você evita levar peso em excesso.


[1] afrouxe todas as tiras. Ponha a mochila nos ombros, a barrigueira no lugar e aperte. O meio da barrigueira deve ficar sobre os ossos da bacia, e não acima, para não apertar o estômago.

[2] Ajuste as tiras das alças mas não aperte muito, pois o peso não deve ser deslocado para os ombros. A maior parte do peso deve ser carregado pela barrigueira.

[3] Em mochilas que tenham o Vari-Quick, sistema que permite um ajuste rápido do tamanho das costas, verifique a altura das alças da mochila.

[4] As tiras estabilizadoras (cinzas) devem estar sobre a clavícula. Para ajustar as alças e chegar nesta posição, solte o velcro do sistema Vari-Quick e desloque-as para um ponto de ajuste, acima ou abaixo. Depois, fixe o velcro de novo. Com um ajuste adequado, as alças seguirão corretamente a curvatura de seus ombros.

[5] Depois, aperte as tiras estabilizadoras dos ombros e as da barrigueira, para trazer o centro de massa da mochila para junto de seu corpo. O ajuste deve ser mais apertado quando em terreno acidentado, com muitas subidas e descidas, e mais frouxo, quando em terreno plano ou para promover uma melhor ventilação nas costas.

[6] Para finalizar, feche a fivela da tira peitoral, e boa caminhada!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mais uma morte no Everest

Um alpinista britânico que fazia a descida do monte Everest morreu após ficar cego inesperadamente e ser deixado à própria sorte por companheiros de escalada, que tentaram em vão ajudá-lo por cerca de 12 horas.

Peter Kinloch, 28, estava realizando a escalada como parte de um desafio para arrecadar dinheiro para uma instituição de caridade que trabalha com pacientes com transtornos obsessivos compulsivos. Ele queria escalar sete dos maiores picos do mundo – o Everest havia sido o seu 5º.

Por volta da uma hora da tarde na terça-feira da semana passada, o britânico havia conquistado o pico do Everest a 8,8 mil metros de altitude e era descrito por colegas de aventura como "alegre, bem-humorado e empolgado".

Entretanto, poucos minutos depois, durante a descida em plena "zona da morte" do Everest, o escocês começou a dar sinais de desorientação e a perder o equilíbrio, até reconhecer que havia perdido totalmente a capacidade de enxergar.

"Peter não parecia surpreso com essa cegueira e explicou ao líder da equipe que isto já havia ocorrido antes, embora nunca em condições de montanha. Ele demonstrava perfeita coerência e calmamente explicou que a condição não era causada pela neve, já que ele não sentia dor e reconhecia a cegueira de um episódio anterior", escreveram seus colegas no blog onde a equipe registrava sua aventura.

Tragédia

A inesperada cegueira de Kinloch e a tragédia que se desenrolou a partir dela é contada com detalhes pelo grupo, em um relato publicado após a descida. Peter é descrito por eles como um jovem em boa forma física, que dizia alimentar o sonho de subir o Everest por 25 anos.

Entretanto, ele já começava a demonstrar sintomas de congelamento em dois dedos quando o grupo atingiu a chamada "rocha do cogumelo", a 8,6 mil metros de altitude, cinco horas depois de caminhar em meio a baixíssimas temperaturas e ventos fortes com a ajuda do líder do grupo, David O'Brien e de um carregador.

"Peter estava mentalmente coerente e capaz de reconhecer os sintomas através do tato. Sua cegueira parecia única e desconectada com qualquer outra doença", escreveram os colegas.

Outros dois carregadores foram enviados para ajudar os três que haviam ficado na rocha do cogumelo. Entretanto, após oito horas, tendo administrado drogas e oxigênio, eles ainda não haviam conseguido tirar Kinloch da "zona da morte".

"Tragicamente, eles foram finalmente forçados a descer", diz o relato.

"A equipe de resgate fez tudo em seu poder para ajudar Peter por cerca de 12 horas, até se aproximar perigosamente do ponto de eles mesmos precisar de ajuda eles e de não conseguir retornar."

"David e os três carregadores chegaram ao acampamento número 3 (a 8,3 mil metros de altitude) às 5h30 da manhã com hipotermia, exaustão e congelamentos leves."

Homenagens

O britânico é o 30º alpinista a morrer no Everest nos últimos cinco anos. Seu corpo pode nunca ser resgatado, devido às circunstâncias inóspitas da "zona da morte" do Everest, a mais de 8 mil metros.

Diversas homenagens foram dedicadas a ele na internet e em jornais na comunidade de Merseyside, no norte da Inglaterra, onde Kinloch trabalhava em funções civis para a polícia local.

Ele estava noivo, era doutor na área de informática e seria enviado para trabalhar na Bélgica nos próximos meses.

A ONG para a qual ele ajudava a arrecadar dinheiro, OCD Action, disse que Kinloch "morreu realizando um sonho".

Já a família disse se reconfortar com o fato de que ele morreu após "realizar a ambição de toda a vida"